segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Afinal, o livre-arbítrio existe?



Está é uma visão calvinista e reformada, que segue os princípios da reforma protestante e seus respectivos reformadores. Muitas igrejas evangélicas no Brasil se dizem protestantes, mas não seguem as doutrinas e os princípios da reforma. Martinho Lutero, o grande nome da reforma protestante, era totalmente contra a existência do livre-arbítrio, em seu livro: “A escravidão da vontade”, ele se opõe totalmente a existência do mesmo. Precisamos trazer de volta, em tais igrejas, os princípios da fé reformada.

Serei breve, pois o tema em questão é amplíssimo e infelizmente, polêmico.

Vamos à pergunta: “O livre-arbítrio existe?” A resposta é NÃO! Os desejos e vontades do homem estão completamente voltados para aquilo que se opõe a Deus, é o que a teologia reformada chama de DEPRAVAÇAO TOTAL, o homem manchado pelo pecado original, é incapaz de conhecer Deus e relutante em buscá-lo, de forma que, se Deus não interferisse em suas vontades e escolhas (livre-arbítrio), o destino do mesmo certamente seria a morte e o inferno. [1]

O homem possui vontades próprias, como por exemplo, vontade de beber água, de se alimentar, de escolher uma roupa e etc. Nestas coisas Deus (TALVEZ) não interfere. Porém, quando diz respeito à salvação do homem, não a nada que o mesmo possa fazer e realizar por sí mesmo (digo em relação aos eleitos), o controle se volta totalmente para Deus, de forma que, Ele nos atrai de uma maneira irresistível, criando em nós uma vontade renovada, então, o que antes era indesejável torna-se altamente desejável, e voltamo-nos para Jesus da mesma forma como antes fugíamos dele.

A tradução da palavra “servo” no grego do Novo Testamento é “ESCRAVO”. O tradutor das escrituras achou o termo “escravo” muito forte, e optou por colocar “servo”. Mas somos escravos de Cristo (no bom sentido da palavra), possuímos nossos desejos e vontades outrora depravados, completamente regenerados no SENHOR, de forma que, tudo coopera para o Seu propósito soberano, é Ele quem opera em nós tanto o querer quanto o realizar, devemos estar seguros em Cristo, sabedores de que Deus opera em nós Seus decretos soberanamente pré-ordenados, tudo é para Ele e por meio dEle. [2]

Como bem disse Agostinho: "O homem é mais livre quando controlado apenas por Deus". E ainda, "Torna-me teu escravo, ó Deus, e então serei livre".

[1] “Ora, se faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, mas o pecado que habita em mim". (Romanos 7.20)

[2] “Paulo, escravo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.” Romanos 1:1

Soli Deo Gloria!

Por Hamilton Fonseca


sábado, 3 de novembro de 2012

Uma Falácia evangélica: “Se você não for, outro irá em seu lugar”.




Antes de proliferar está frase no meio cristão, entenda uma coisa. Deus conhece muito bem aqueles que ele vocaciona, ele em sua total soberania e presciência sabe antecipadamente se uma pessoa terá a capacidade, a coragem e a disposição de fazer algo que ele a predestinou a fazer ou não.

Por mais que a pessoa possa relutar em fazer essa tarefa, por mais que essa pessoa haja como Jonas, indo para a esquerda, sendo que Deus a mandou ir para a direita, no final ela acabará fazendo, pois é a vontade de Deus que prevalece.

Se Deus te chamou para uma obra foi porque ele conhece sua capacidade, e sabe até onde você pode ir, Deus não escolhe covardes, por isso não relute, obedeça, e faça aquilo que Deus te confiou a fazer.

Soli Deo Gloria!

Por Hamilton Fonseca