quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os pagãos que nunca ouviram o evangelho estão perdidos?



“Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis de Deus, seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido vistos claramente, sendo compreendidos por meio das coisas criadas, de forma que tais homens são indesculpáveis.” Romanos 1:20

“Todo aquele que pecar sem a lei, sem a lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a lei, pela lei será julgado... De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei;

Pois mostram que as exigências da lei estão gravadas em seus corações. Disso dão testemunho também a consciência e os pensamentos deles, ora acusando-os, ora defendendo-os.

Isso acontecerá no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Jesus Cristo, conforme o declara o meu evangelho.” Romanos 2:12; 14-16

Qual é, então, a resposta de Deus à pergunta: “Os pagãos que nunca ouviram o evangelho estão perdidos?”. Os pagãos são condenados por não viverem de acordo com a revelação que lhes foi dada por Deus na criação. Em vez disso, tornam-se idólatras e, consequentemente, entregam-se a uma vida de depravação e impudicícia.

Suponhamos, porém, que um pagão viva de acordo com a revelação que lhe foi dada por Deus. O que acontecerá se tal indivíduo se livrar dos seus ídolos e buscar o Deus verdadeiro?
Na opinião de alguns, se o pagão viver de acordo com a revelação de Deus na criação, Deus lhe enviará a luz do evangelho. Um exemplo citado é Cornélio. Suas orações e esmolas subiram para memória diante de Deus. Então, Deus enviou Pedro a fim de lhe dizer como ser salvo (At 11:14).

Para outros, se um individuo crer no Deus vivo, único e verdadeiro conforme este é revelado na criação, mas morrer antes de ouvir o evangelho, Deus o salvará com base na obra de Cristo no Calvário. Apesar de o individuo não saber da obra de Cristo, Deus a leva em consideração em favor de tal individuo quando este crê no Senhor com base na revelação que recebeu. De acordo com essa linha, foi assim que Deus salvou as pessoas antes do Calvário e é desse modo que ele continua a salvar os retardados mentais e as crianças que morrem antes de saber distinguir entre o bem e o mal.

A primeira linha de raciocínio pode ser corroborada pelo caso de Cornélio. A segunda não tem base bíblica para a era depois da morte e ressurreição de Cristo (ou seja, a nossa) e minimiza a necessidade do evangelismo ativo.

Bibliografia:

Bíblia Sagrada

MacDonald, William, 1917-2007. Comentário bíblico popular, Antigo testamento/ editado com introduções de Art Farstad – São Paulo: ed. Mundo Cristão, 2011


sexta-feira, 24 de agosto de 2012

A doutrina da providência



“As obras da providência de Deus são a sua maneira muito santa, sábia e poderosa de preservar e governar todas as ações delas” (Breve Catecismo de Westminster, p. 11). 

Se a criação do mundo foi um exercício único da energia divina que criou todas as coisas, a providencia é um exercício continuado da mesma energia. Por meio dela o Criador, de acordo com sua própria vontade, preserva todas as criaturas, envolve-se em todos os acontecimentos e dirige todas as coisas aos seus fins determinados. Deus está totalmente no comando do seu mundo. Sua mão pode estar escondida, mas seu governo perfeito abrange todas as coisas.

Imagina-se, às vezes, que Deus conhece o futuro, mas não tem controle sobre ele; que ele sustenta o mundo, mas não interfere nele, ou que ele dá ao mundo uma direção geral, mas não se preocupa com detalhes. A bíblia, enfaticamente, rejeita todas essas limitações de sua providência.

A bíblia ensina, claramente, o controle providencial de Deus:

1- Sobre o universo em geral (Sl 103:19; Dn 4:35; Ef 1:11)

2- Sobre o mundo físico (Jó 37; Sl 104:14; 135:6; Mt 5:45)

3- Sobre a criação irracional (Sl 104:21,28; Mt 6:26; 10:29)

4- Sobre os negócios das nações (Jó 12:23; Sl 22:28; 66:7; At 17:26)

5- Sobre o nascimento e destino na vida do homem (1Sm 16:1; Sl 139:16; Is 45:5; Gl 1:15-16)

6- Sobre o sucesso externo e fracassos na vida do homem (Sl 75:6-7; Lc 1:52)

7- Sobre coisas aparentemente acidentais ou insignificantes (Pv 16:33; Mt 10:30)

8- Na proteção dos justos (Sl 4:8; 5:12; 63:8; 121:3; Rm 8:28)

9- Em suprir as necessidades do seu povo (Gn 22:8,14; Dt 8:3; Fp 4:19)

10- Em responder as orações (1Sm 1:19; Is 20:5-6; 2Cr 33:13; Sl 65:2; Mt 7:7; Lc 18:7-8)

11- No desmascaramento e punição do ímpio (Sl 7:12-13; 11:6) 

(L. Berkhof, Systematic Theology, 2ª edição revista [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1941], p.168).

Descrever o envolvimento de Deus no mundo e nos atos das criaturas racionais exige considerações complementares. Por exemplo, uma pessoa deseja uma ação, um evento é produzido por causas naturais ou Satanás mostra sua mão – Contudo, Deus anula. Além disso, pessoas podem ir contra a vontade do mandamento de Deus – contudo, cumprem sua vontade nos acontecimentos. O motivo das pessoas pode ser mau – contudo Deus usa suas ações para o bem (Gn 50:20, At 2:23).

Embora o pecado humano esteja sobre o decreto de Deus, Deus não é o autor do pecado (Tg 1:13-17).

O envolvimento “concorrente” ou “confluente” de Deus em tudo o que ocorre não viola a ordem natural, os processos naturais em andamento ou a ação livre e responsável dos seres humanos. O controle soberano de Deus não anula a responsabilidade e o poder das segundas causas; ao contrário, essas causas foram criadas e exercem suas funções por determinação divina.

Dos males que contaminam o mundo de Deus (males espirituais, morais e físicos), a bíblia diz: Deus permite o mal (At 14:16); usa o mal como uma punição (Sl 81:11-12; Rm 1:26-32); do mal tira o bem (Gn 50:20; At 2:23; 4:27-28; 13:27; 1Co 2:7-8); usa o mal para testar e disciplinar aqueles a que ama (Mt 4:1-11; Hb 12:4-14); um dia, porém, Deus redimirá totalmente seu povo do poder e da presença do mal (Ap 21:27; 22:14-15).

A doutrina da providência ensina aos cristãos que eles nunca estão presos a sorte cega, à casualidade, ao acaso ou ao destino. Tudo o que lhes acontece é divinamente planejado, e cada acontecimento chega como um novo convite a confiar, a obedecer e a regozijar-se, sabendo que todas as coisas ocorrem para o seu bem espiritual e eterno (Rm 8:28).

Bibliografia:

Bíblia de Estudo de Genebra

Breve Catecismo de Westminster, p. 11

L. Berkhof, Systematic Theology, 2ª edição revista [Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans Publishing Co., 1941], p.168


segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Homossexualismo, o que a bíblia diz a respeito?



Tanto no AT (Gn 19:1-26; Lv 18:22; 20:13) quanto no NT (Rm 1:18-32; 1Co 6:9; 1Tm 1:10), Deus condena o pecado do homossexualismo. O SENHOR mostrou sua ira contra esse pecado quando destruiu as cidades de Sodoma e Gomorra. Na lei de Moisés, a sodomia era punida com a morte. Nenhum praticante da homossexualidade entrará no reino de Deus.

Os chamados “gays” pagam um alto preço por seu estilo de vida imoral. Paulo declara que essas pessoas têm recebido “em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Rm 1:27b). Isso inclui doenças sexualmente transmissíveis, pneumocistose, sarcoma de Kaposi (uma forma de câncer) e aids. Além disso, a prática causa culpa, perturbações mentais e emocionais e anomalias na personalidade.

Assim como qualquer outro pecador, gays e lésbicas podem ser salvos caso se arrependam de seus pecados e recebam o Senhor Jesus Cristo como Salvador pessoal. Deus ama essas pessoas, ainda que odeie o pecado que cometem.

Há uma diferença entre praticar a homossexualidade e ter tendências homossexuais. A bíblia condena a prática, não a tendência. Há muitas pessoas que sentem atração por indivíduos do mesmo sexo, porém se recusam a alimentar essa tendência. Por meio do poder do Espírito Santo, são capazes de resistir à tentação e viver de modo puro. Muitos cristãos com tendências homossexuais:

“... sofrem e se entristecem com essa condição, mas, como não conseguem mudá-la, recorrem ao poder do Espírito Santo para exercitar abstenção e castidade, atitudes que, na verdade, representam o processo de santificação [...] Confiando em Cristo, [esses cristãos] entregaram a Deus uma mácula interior persistente para que o poder divino seja aperfeiçoado na fraqueza.”

Alguns culpam Deus por terem nascido com tendências homossexuais, porém a culpa não é de Deus, mas da natureza humana pecaminosa. Todos os filhos caídos de Adão possuem tendências para o pecado. Alguns têm fraquezas em determinada área; outros, numa área diferente. O pecado não está em ser tentado, mas em sucumbir à tentação.

É possível se libertar do homossexualismo ou do lesbianismo, assim como qualquer outra forma de pecado carnal. Contudo, na maioria dos casos é muito importante que a pessoa se submeta a aconselhamento cristão.

Os cristãos devem acolher gays e lésbicas como seres humanos, porém sem aprovar o estilo de vida que praticam. Uma vez que Cristo morreu por estas pessoas, os cristãos devem buscar todas as formas possíveis de levá-las  a uma vida de “santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb 12:14). 

Bibliografia:

Bíblia Sagrada

MACDONALD, William. Comentário bíblico popular do Novo Testamento. São Paulo: Mundo Cristão, 2011

(Excurso) Bennett J. Sims, "Sex and Homosexuality", Christianity Today, 24 de fevereiro de 1978, p.29


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Aborto, o que a bíblia diz a respeito?



Analisemos o Salmo 139 a partir dos versículos 13-16 - Com base neste verso, pode-se concluir que a Bíblia considera o aborto como um assassinato?

PROBLEMA: Segundo esta passagem, Deus considera um ser humano aquele que ainda não nasceu. Entretanto, se o feto é realmente um ser humano, então o aborto provocado é a execução deliberada da morte de uma pessoa inocente. Esta passagem nos mostra então que Deus considera o aborto provocado como um assassinato?

SOLUÇÃO: Sim. Muitas outras passagens reforçam esta posição.

Primeiro, aquele que ainda não nasceu é intimamente conhecido por Deus, e recebe o chamado de Deus. Em Jeremias 1:5, Deus diz: "Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e, antes que saísses da madre, te consagrei, e te constituí profeta às nações".

Segundo, o que ainda não nasceu é referido como tendo características de uma pessoa: pecado, como no Salmo 51:5; ou alegria, como em Lucas 1:44.

Terceiro, aquele que fere um feto recebe a mesma punição do que fere um adulto. Em outra parte (veja os comentários de Êxodo 21:22-23 abaixo), a mesma punição é dada pelo mal causado à mulher ou à criança que está em gestação. Deus considera o não-nascido como um perfeito ser humano. E tomar deliberadamente a vida de um ser humano inocente é assassinato.

ÊXODO 21:22-23 - Esta passagem mostra que um ser ainda não nascido tem menos valor do que um ser adulto?

PROBLEMA: De acordo com algumas traduções da Bíblia, este texto ensina que, se dois homens brigarem, e a mulher de um deles tiver um aborto, o responsável "será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher" (v. 22). Mas, se da briga resultar a morte da mulher, a penalidade seria a pena capital (v. 23). Isto não prova então que o feto não era considerado um ser humano, como o era a mãe?

SOLUÇÃO: Primeiro, antes de mais nada, há aqui uma tradução inadequada. O grande erudito em hebraico, Umberto Cassuto, traduziu este texto corretamente, da seguinte maneira: "Se homens brigarem, e ferirem não intencionalmente uma mulher com criança, e seus filhos forem dados à luz, porém sem maior dano - isto é, nem a mulher nem as crianças morrerem -aquele que feriu será obrigado a indenizar segundo o que lhe exigir o marido da mulher; e pagará como os juízes lhe determinarem. Mas, se houver dano grave, isto é, a mulher ou as crianças morrerem, então, darás vida por vida."{Commentary on the Book of Exodus - Comentário do Livro de Êxodo - Magnes Press, 1967).

A tradução acima torna o sentido bem claro. É uma passagem de peso contra o aborto, afirmando que um feto tem o mesmo valor que um ser humano adulto.

Segundo, a palavra hebraica (yatsa), erroneamente traduzida pelo verbo "abortar", na verdade significa "sair" ou "dar à luz". No AT, é a palavra regularmente empregada com o sentido de dar à luz com vida. De fato, ela não tem nenhum emprego no sentido de "aborto provocado", embora tenha o sentido de dar à luz um natimorto. Mas nessa passagem, como em praticamente todos os textos do AT, a referência é a um nascimento com vida, embora prematuro.

Terceiro, há uma outra palavra hebraica para "aborto" (shakol), que não é usada. Já que ela era disponível e não foi empregada, tendo sido preferida a palavra que expressa um nascimento com vida, não há razão para supor que o sentido não seja realmente este: o de dar à luz uma criança com vida.

Quarto, a palavra usada com referência a que a mulher deu à luz éyeled, que significa "criança". A Bíblia usa a mesma palavra para "bebês" e para "criancinhas" (Gn 21:8; Êx 2:3). Daí, o não nascido éconsiderado um ser humano igual a uma criancinha.

Quinto, se qualquer dano acontecesse, seja para a mãe, seja para o filho, a mesma punição era devida: "vida por vida" (v. 23). Isso demonstra que o feto possuía o mesmo valor que sua mãe.

Sexto, outras passagens do AT ensinam que o feto é um ser humano em seu sentido mais completo. O NT confirma esta mesma posição (cf. Mt 1:20; Lc 1:41,44).

Salmo 139: 13-14 – Depois de falar da onipresença de Deus, Davi retrata seu poder e habilidade. Para isso, concentra-se na onipotência divina demonstrada por meio de desenvolvimento maravilhoso de um bebê no ventre de sua mãe. Numa partícula de matéria aquosa menor do que o pingo sobre a letra “ i ” se concentram programadas todas as características futuras da criança: a cor da pelo, dos olhos e do cabelo, as feições, as habilidades inatas. Tudo que a criança será física e mentalmente está contido na forma germinal que é o óvulo fecundado. Dele se desenvolverão: 60 trilhões de células, 160 mil quilometros de fibras nervosas, quase 100 mil quilometros de vasos responsáveis por fazer o sangue circular pelo corpo, 250 ossos, isso sem falar nas juntas, nos ligamentos e nos músculos. (RADMACHER, documentação adicional indisponível)

Davi descreve a formação do feto com sensibilidade e beleza extraordinárias. “Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe”. Sim, Deus formou nosso interior; cada parte é uma maravilha de engenharia divina. Considere o cérebro, por exemplo, com sua capacidade de registrar fatos, sons, odores, imagens, tato e dor, bem como de recordar e fazer cálculos, sem falar na habilidade de tomar inúmeras decisões e resolver problemas.

Deus nos formou no seio (ou “ventre”; NVI) de nossa mãe, uma descrição apropriada do modo notável com que ele entretece os músculos, tendões, ligamentos, nervos, vasos sanguíneos e ossos da estrutura humana.

Davi irrompe em louvores ao Senhor. Ao pensar no ser humano, o ápice da criação divina, confessa que foi formado por modo assombrosamente maravilhoso. Quanto mais pensamos nas maravilhas do corpo humano, em sua organização, complexidade, beleza, instintos e elementos herdados, mais nos admiramos com o fato de pessoas versadas em ciências naturais não crerem num Criador infinito.

139:15 – Mais uma vez, o salmista volta ao tempo em que seu corpo estava sendo formado no ventre materno. Observe como ele usa a primeira pessoa do singular para se referir ao embrião ou feto. De acordo com a visão bíblica, a personalidade humana existe antes do nascimento; por isso, o aborto, exceto em casos de necessidade médica extrema, é homicídio.

Davi estava ciente  de que Deus o conhecia por inteiro desde o princípio. Seus ossos não foram encobertos do Senhor quando estava sendo formado em segredo e entretecido com grande habilidade como nas profundezas da terra. Fica claro que o sentido não é literal, pois ninguém é formado abaixo da superfície da terra. No contexto, a expressão “nas profundezas da terra” é sinônima de “no seio de minha mãe”. Encontramos uma expressão semelhante em Efésios 4:9, texto no qual o apostolo Paulo diz que Cristo desceu “às regiões inferiores da terra”. Também nesse caso, o contexto indica que ele entrou no mundo pela atecâmara do ventre da virgem, uma referencia a encarnação.

139:16 – Ao falar de sua substância [...] informe, Davi emprega um termo que descreve algo enrolado ou embrulhado. Para Barnes e outros comentaristas, a palavra denota de modo mais adequado, o embrião ou feto, “no qual todos os menbros do corpo ainda se encontram dobrados ou não desenvolvidos, ou seja, antes de assumirem forma ou proporções claras”. Mesmo na fase preliminar da existência, os olhos do Senhor contenplavam o salmista mavioso de Israel.

E, no [...] livro de Deus, todos os [...] dias da vida de Davi já haviam sido registrados pelo arquiteto divino antes do momento histórico em que o salmista anunciou sua chegada ao mundo com o primeiro choro estridente.


Bibliografia:

Bíblia Sagrada

Manual popular de dúvidas, enigmas e “contradições” da Bíblia / Norman Geisler, Thomas Howe; traduzido por Milton Azevedo Andrade. — São Paulo: Mundo Cristão, 1999

MacDonald, William, 1917-2007. Comentário bíblico popular, Antigo testamento/ editado com introduções de Art Farstad – São Paulo: ed. Mundo Cristão, 2011.





domingo, 5 de agosto de 2012

Ele nos amou primeiro




“Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.” 1 Jo 4:19

O homem é incapaz de conhecer Deus e relutante em buscá-lo, então, o único meio pelo qual ele pode ser salvo é quando Deus toma a iniciativa de mudá-lo e salvá-lo.

Nenhum homem toma a iniciativa de conhecer Deus. Nenhum deles acorda em um determinado dia e diz por sua própria motivação: “Irei buscar a Deus”. Não! É Deus que efetua no homem tanto o querer quanto o realizar Fp 2:13.

Somos reféns de nossa natureza pecaminosa, e o pecado é oposto a Deus. Nossa natureza nos afasta de Deus, porem Sua graça nos atrai de forma irresistível, a ponto de nos sentirmos constrangidos por tão grande amor.

A graça de Deus em Cristo é o poder que bloqueia nossa natureza pecaminosa e que permite a aproximação do perfeito com o imperfeito, do natural com o sobrenatural, “... então, o que antes era indesejável torna-se altamente desejável, e voltamo-nos para Jesus da mesma forma como antes fugíamos dele." James Montgomery Boice

Nós O amamos porque Ele nos amou. Achegamo-nos a Ele porque Ele nos atraiu: “Ora, tudo provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação.” 2 Co 5:18

É da vontade de Deus que Seus filhos se comuniquem com Ele, que o busquem de toda sua força, alma e entendimento. Existe amor mais sincero do que o de um pai por seu filho?

Sabendo de tudo isso, não se retraia. Procure manter uma comunhão diária com Deus, dobre seus joelhos e O adore, pois esse desejo não veio de você, é o próprio Deus que está o atraindo para Sua presença, Ele quer ouvi-lo, Ele quer manter um relacionamento intimo e sincero contigo, não resista a esse amor incondicional.

Por Hamilton Fonseca