quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Guarda do Sábado: Uma prática para a igreja?



Algumas pessoas evitam falar de alguns assuntos porque podem gerar polêmica. Assuntos que envolvem usos e costumes, predestinação e livre arbítrio, vida após a morte, aborto, dia a ser guardado, entre outros, geralmente são evitados. O argumento é que “religião e crença não se discutem”. É uma das frases menos lógicas que existe, pois a religião deve ser discutida, se é lógica ou não, se tem base na Bíblia ou não.
Um dos assuntos que tem gerado grande debate é a guarda do sábado. Alguns guardam o sábado, outros guardam o domingo e outros não guardam dia algum. É um “eterno” debate entre algumas denominações e seitas. A Bíblia não proíbe ninguém de guardar sábado, domingo, terça ou qualquer outro dia, mas ela condena aqueles que pregam a guarda de um dia como condição para a salvação. Infelizmente a igreja tem se omitido em sua missão apologética e tem permitido vários conceitos legalistas confundirem a mente dos cristãos “menos avisados”.
Muitos evangélicos têm ficado confusos quando encontram algum adepto de uma seita e são praticamente convencidos de que não são salvos porque não praticam determinada coisa. E uma das doutrinas mais comuns pregadas por algumas seitas é que quem não guarda o sábado não é salvo. Analisemos isto dentro das Escrituras Sagradas.
O grupo herético que predominava na época dos apóstolos chamava-se “gnosticismo”. Era uma seita que pregava que o conhecimento era a maior virtude da vida de uma pessoa. Dividiam as pessoas em hílicos, psíquicas e pneumáticas. Uma das doutrinas gnósticas era pregar que Jesus Cristo não tinha vindo em carne (I Jo 4:1-2) e que Cristo na realidade apenas tinha entrado no corpo de Jesus (que seria outra pessoa na visão gnóstica) no ato do batismo e o abandonado no ato da crucificação. Os apóstolos combateram com veemência o gnosticismo em suas epístolas.
Hoje, não temos mais os apóstolos, mas temos pastores e mestres, que têm a obrigação de combater heresias que prejudicam a vida da igreja. O
argumento de alguns adeptos da guarda do sábado é que Jesus não veio destruir a Lei, mas cumpri-la (Mt 5:17). E também falam que Jesus aboliu apenas a “Lei Cerimonial” e não a “Lei Moral” (que seriam os dez mandamentos), escrita pelos dedos de Deus. Antes de tudo, o Antigo Testamento da Bíblia não faz esta distinção entre Lei Moral e Cerimonial, e os judeus consideram os cinco primeiros livros da Bíblia (Pentateuco ou Torah) como uma única lei, proveniente de Deus. De fato, Jesus não veio destruir a Lei, mas o próprio Antigo Testamento prevê que Deus faria um concerto com seu povo muito superior à Lei Mosaica, um concerto que envolveria transformação interna, não rituais externos (Jr 31:31-33).
Este novo concerto, o Novo Testamento da Bíblia, não traz a guarda do sábado como condição para agradar a Deus. Vejamos o que diz o apóstolo Paulo: “Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente convicto em sua própria mente.” (Rm 14:5)
Se o sábado fosse uma prática para a igreja, Paulo teria repreendido os que “consideram iguais todos os dias” e dito a eles que o “verdadeiro dia” é o sábado. Mas o interessante é que Paulo não agiu como os adeptos das seitas, mas deu liberdade às pessoas para guardarem o dia que quiserem. Apesar de dar esta liberdade, o apóstolo se preocupou com aqueles que estavam guardando o sábado e achando que isto os salvaria. Vejamos: “Guardais dias, meses, tempos e anos. Temos a vosso respeito não haja eu trabalhado em vão entre vós” (GL 4:10,11)
Os sabatistas dizem que estes dias são os sábados cerimoniais e não os semanais. Mas o apóstolo Paulo, ao falar sobre meses e anos, já estava se referindo aos sábados cerimoniais. Logo, quando fala de dias, só pode estar se referindo aos sábados semanais. E Paulo, ao ver que estes irmãos estavam guardando o sábado para se salvar, temeu que seu trabalho de evangelismo tivesse sido em vão.
Mais uma vez, repreendendo os judaizantes (pregadores do judaísmo), Paulo escreve: “Ninguém vos julgue pelo comer, pelo beber, por causa de dias de festa, lua nova ou de sábados. Que são sombras das coisas vindouras, mas o corpo é de Cristo.” (CL 2:16,17) Como sabemos, os judaizantes pregavam a guarda do sábado para a igreja.
Mais uma vez os sabatistas apelam e dizem que Paulo aqui se refere a sábados cerimoniais e não os semanais. Erram novamente, pois Paulo já fala dos sábados cerimoniais ao falar de dias de festa (sábados anuais) e lua nova (sábados mensais). Logo, os dias de sábado do versículo 16 são os sábados semanais, que Paulo disse que era apenas tipológico, representava Cristo, e não é mais necessário guardá-lo para agradar a Deus.
Que não nos deixemos envolver por doutrinas que trazem perdição e são prejudiciais ao corpo de Cristo, a igreja. Que a verdade bíblica seja conhecida por nós, para que não venhamos a errar (Mt 22:29). Deus nos deu liberdade de expressão, e alguns abusam disto para pregar heresias. Cristo aboliu a lei (Rm 10:4; Hb 7:16), e aquele que quer guardá-la, torna o sacrifício de Cristo vão e sua salvação vai “por água abaixo”.
Autor: Julio Cezar - Brasil para Cristo - São Paulo - julio_lazzari@ig.com.br


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Jonas foi engolido por um grande peixe ou por uma baleia?



Está ai um tema muito polêmico nas escrituras. Fato usado por muitos céticos para tentar desmascarar a bíblia, alegando que tal fato não seria possível. Pois bem, vamos para as escrituras:

No livro do profeta Jonas, no capítulo 1:17 encontramos o texto bíblico dizendo que o profeta fora engolido por um "grande peixe". Já no livro de Mateus no capítulo 12:40 encontramos escrito que Jonas fora engolido por uma "baleia". ARC

Vamos a explicação:

A expressão hebraica traduzidas por algumas versões como "baleia", significa no original: "Grande monstro marinho". A palavra grega não significa "baleia", mas "criatura marítima", isto é, algum grande peixe. Esse grande peixe é cuidadosamente distinguido da "serpente" sinistra do mar (Am 9:3) - também chamada "Leviatã" (Is 27:1) - E do "monstro das profundezas". (Jó 7:12; Sl 74:13; Ez 32:2)

Isso não significa que o grande peixe que engoliu Jonas não foi uma baleia.

Algumas baleias chegam a ter cerca de 30 m de comprimento e 12 m de largura, pesando 136 toneladas. Uma baleia que foi pescada no mediterrâneo e exibida em Beirute tinha uma cabeça que pesava 6 ton. Um homem pisando em seu maxilar inferior não conseguia alcançar seu maxilar superior, cuja abertura media cerca de 2,4 metros.

Em 4 de abril de 1896, a revista "Digest" publicou a história de uma baleia que destruiu um baleeiro no mar mediterrâneo. Dois homens desapareceram. Um foi encontrado vivo no estômago da baleia um dia e meio depois de ela ter sido morta. James Bartley sobreviveu sem nenhum efeito colateral, exceto pelo fato de sua pele ter sido curtida pelos sucos gástricos.

Um peixe foi pescado na costa da Flórida e pesava mais de 10 ton. Ele tinha 13 metros de comprimento e 2,4 metros de largura. Ele tinha 675 kg de peixe em seu estômago, além de um grande polvo. Um homem conseguia facilmente ficar em pé dentro de seu estômago. Ele poderia ter engolido 10 Jonas.

Apesar do Criador não dever satisfações de suas obras, ele sempre prova a veracidade da Sua palavra através de acontecimentos nas mais diversas partes do mundo.

Creia no SENHOR, acredite na Sua palavra, pois atrás de todos os acontecimentos do universo e da história existe um Deus soberano que está no controle de todas as coisas.

Fonte:

Bíblia NVI de estudo
Bíblia de estudo DAKE
Bíblia King James, edição de estudo

Os dias da criação são literais?




Segundo Gerhard F. Hasel, falecido professor de Teologia Bíblica e Antigo Testamento na Andrews University, nos Estados Unidos, a semântica (estudo linguístico dos significados de palavras, frases, cláusulas, etc.) chama atenção para a questão crucial do significado exato da palavra hebraica yom. Poderia a designação “dia” (yom) em Gênesis 1 ter um significado figurativo? Ou deve ela ser entendida, com base nas normas da semântica, como um dia literal de 24 horas?




Algumas pessoas, numa tentativa de evitar maiores problemas com o evolucionismo, aplicam a teoria dos dias-eras ao relato de Gênesis 1. Para elas, os seis dias da criação são, naverdade, longos períodos de tempo. Será que isso é possível? Antes de mais nada, é preciso deixar claro que o termo yom em Gênesis 1 não se liga aqualquer preposição; não é usado em uma relação construtiva; e não tem nenhum indicador sintático que seria de esperar para um uso extensivo não literal.

Nas Escrituras, a palavra yom invariavelmente significa um período literal de 24 horas, quando precedida porum numeral, o que ocorre 150 vezes no Antigo Testamento. Obviamente, no relatoda criação existe sempre um numeral precedendo aquela palavra – primeirosegundo, terceiro... Sétimo dia – e essa regra para a tradução de yom como um dia literal aplica-se neste caso. O que parece ser significativo também é a ênfase dada à sequência dos numerais 1 a 7, sem qualquer hiato ou interrupção temporal.

Esse esquema de sete dias (seis dias de trabalho seguidos por um sétimo dia derepouso) interliga os dias da criação como dias normais em uma sequência consecutiva e ininterrupta. O relato da criação em Gênesis 1 não somente liga cada dia a um numeral sequencial, como também estabelece as fronteiras do tempo mediante aexpressão “tarde e manhã” (versos 5, 8, 13, 19, 31).

A frase rítmica “e houve tarde e manhã” provê uma definição para o “dia” da criação; e, se o “dia” da criação constitui-se de tarde e manhã, é, portanto, literal. O termo hebraico para “tarde” – ‘ereb – abrange toda aparte escura do dia (ver dia/noite em Gênesis 1:14). O termo correspondente,“manhã” (em hebraico boqer), representa a parte clara do dia. “Tarde e manhã” é, portanto, uma expressão temporal que define cada dia da criação como literal. Não pode significar nada mais.

Outro tipo de evidência interna no AntigoTestamento para o significado dos dias resulta de duas passagens sobre o sábado no Pentateuco, que se referem aos dias da criação. Elas informam como os dias da criação foram compreendidos por Deus. A primeira passagem faz parte do quarto mandamento do Decálogo, e está registrada em Êxodo 20:9-11. A ligação com a criação transparece no vocabulário (“sétimo dia”, “céus e terra”,“descansou”, “abençoou”, “santificou”) e no esquema “seis mais um”.

As palavras usadas nos Dez Mandamentos deixam claro que o “dia” da criação é literal, composto por 24 horas, e demonstram que o ciclo semanal é uma ordenança temporal da criação. Aliás, como explicar a origem do ciclo semanal, se não pela criação em seis dias literais seguidos do repouso do sétimo dia? A semana não está vinculada a nenhum movimento ou fenômeno astronômico, como os dias (rotação da Terra), os anos (translação) e os meses. A palavra divina, que promulga a santidade do sábado, toma os seis dias da criação como sequenciais, cronológicos e literais. Dizer o contrário, portanto, é ir contra o Criador.

Por fim, uma última consideração: a criação da vegetação ocorreu no terceiro dia (ver Gênesis 1:11 e 12). Grande parte dessa vegetação parece ter necessitado de insetos para a polinização. Mas os insetos só foram criados no quinto dia (verso 20). Se a sobrevivência desses tipos de plantas, que necessitam de insetos e outros animais para a polinização, dependesse deles para a reprodução, então haveria um sério problema se o “dia”da criação significasse “era”.

Ainda mais: a teoria dos dias-eras exigiria um longo período de iluminação e outro de escuridão para cada uma das supostas épocas. Isso, é claro, seria fatal tanto para as plantas quanto para os animais. Os dias da criação devem ser entendidos como literais e não como representando longos períodos de tempo. Argumentar em contrário é forçar o texto bíblico a dizer o que não diz.

(Adaptado de Folha Criacionista n° 53, setembro de 1995, p. 26-30 – Sociedade Criacionista Brasileira)